A meningite é uma enfermidade temida pela população devido à alta letalidade e, em parte, à desinformação. Apesar disso, a adesão às vacinas disponibilizadas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde está aquém da esperada.
“Atualmente, um a cada cinco que desenvolvem a doença acaba morrendo, a despeito de ser tratado no tempo adequado. Quanto antes atendido, melhores são as chances de sobreviver”, alertou o integrante da comissão técnica para revisão dos calendários vacinais da SBIm, o médico Marco Aurélio Sáfadi.
O especialista também alertou sobre a consequências da doença. “Dos que sobrevivem, entre 10% e 15% têm sequelas, como surdez, cegueira e outras complicações neurológicas.”
Sáfadi disse que o Ministério da Saúde introduziu a vacina contra o meningococo do tipo C, bactéria que mais causa o problema, no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2010. “Desde então, reduzimos em dois terços os casos de doença meningogócica”, destacou.
A coordenadora do PNI, Carla Domingues, destacou que 300 milhões de doses de vacina contra o meningococo C são adquiridas anualmente para rotina e para campanhas. E afirmou que a população-alvo é aquela de maior vulnerabilidade à doença ou às complicações decorrentes dela.
“Não temos disponibilidade de vacina para todo mundo, então você começa o programa focando naquele grupo que mais precisa. E, depois, negocia a ampliação”, ressaltou a coordenadora.
Atualmente o PNI oferece na rede pública o imunizante contra a meningite C por ser a de maior incidência no país. Estão disponíveis também a vacina Hib e VPC10, que protegem contra Haemophilus influenza b e a menigite pneumocócica. Já as vacinas meningocócicas B e ACWY (que reúne vários subtipos do meningococo em uma injeção) são oferecidas na rede particular.
Para saber mais sobre o calendário vacinal e os grupos prioritários, você pode acessar um canal específico da própria SBIm. Ele é atualizado constantemente e oferece informações importantes para se proteger de diferentes infecções.
fonte: Saúde